User:Victória Marcelle do Nascimento/caixa de areia 6117
From Proteopedia
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- | A endostatina é um polipeptídeo de 184 aminoácidos, correspondente ao domínio globular encontrado | + | A endostatina é um polipeptídeo de 184 aminoácidos, correspondente ao domínio globular encontrado na região C-Terminal COOH do colágeno tipo 18 |
+ | Ela é uma proteína globular que possui duas ligações de dissulfeto: Cys162-302 e Cys264-294 e um domínio de ligação de zinco no seu n-terminal, por conta disso ela possui uma alta afinidade com fatores de crescimento e com a heparina. | ||
+ | Ela pode ser gerada por Gerada por clivagem proteolítica por proteases ou metaloproteinases. Após o processo proteolítico, a endostatina gerada pode permanecer associada com a membrana basal (imobilizada) ou ser liberada na circulação (endostatina solúvel). Sendo que as formas solúveis e imobilizadas têm atividades biológicas distintas | ||
+ | Outro fator importante de citar é que essa proteína possui uma cadeia alfa que tem apenas um átomo de hidrogênio na cadeia lateral e graças a isso, ela acaba sendo uma molécula pequena e permite o enlaçamento de três desses polipeptídeos e a formação compostos homo e heterodímeros, ajudando nas suas funções anti angiogênicas. | ||
+ | A estrutura foi retirada do PDB pelo código 1KOE | ||
- | + | Como já dito, a endostatina possui uma função anti angiogênica e ela foi originalmente isolada como inibidora da angiogênese e proposta como agente terapêutico anti tumoral, sendo a mais estudada dos inibidores da angiogênese endógena. | |
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- | + | Para retratar um pouco mais sobre ela, eu trouxe sua relevância em relação à população e comunidade científica do ponto de vista da área médica ao relacionar suas funções com o tratamento de duas doenças: Doenças da Hialoide e a sua progressão que é a Angiogênese Corneal e a outra a Angiogênese Tumoral | |
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+ | Então, a Hialoide é a membrana vítrea da córnea, ela é uma camada de colágeno que separa o humor vítreo do resto do olho | ||
+ | E como a Endostatina mostrou-se ser um produto de decote proteolítico de colágeno 18, mesmo que o seu potencial terapêutico ainda não tenha sido realizado, o fragmento de colágeno mutante 18, no qual nenhuma produção de endostatina é possível, teve um efeito comprovado na regressão hialóide. | ||
+ | Esta interessante descoberta foi feita pelo grupo Olsen o qual indicou que o colágeno 18, e mais especificamente a endostatina, promovem a regressão do vaso vascular, sendo consistente com a atividade anti-angiogênica originalmente identificada da endostatina. | ||
+ | Além disso, se tratando de casos mais graves como da angiogênese corneana que é a desenvoltura da alta vascularização, a endostatina inibe a NV que é a neovascularização da córnea induzida pelo BFGF (Fator de Crescimento de Fibroblasto básico), bem como a migração e proliferação vascular induzida pelo VEGF (citocina potente e multifuncional expressa no endotélio vascular e que causa o aumento da permeabilidade vascular e estimula a neovascularização). | ||
+ | A produção local de endostatina e neostatinas -7 e -14 que são fragmentos menores ainda do cólageno 18 pode ocorrer durante a cicatrização da ferida e eles têm potentes propriedades anti-angiogênicas e anti-linfampangiogênicas, porém apenas a endostatina é aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) para o tratamento de NV relacionada ao câncer. | ||
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+ | Agora na Angiogenese Tumoral nós temos a endostatina e a tumstatina que são fragmentos de decote proteolíticos derivados de moléculas de colágeno. Apesar de suas semelhanças, elas compartilham pouca identidade sequencial e podem ter funções independentes. | ||
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+ | Estudos mostraram que esses compostos desempenham um papel importante na resposta angiogênica que acompanha trombose e reparação de tecidos. A produção desses inibidores de angiogênese endógena pode ajudar a explicar a dormência tumoral, proposta pela primeira vez por Folkman em 1971 onde afirma que se a atividade angiogênica local em um tumor for controlada pelo equilíbrio de fatores pró-angiogênicos e inibidores de angiogênese como a endostatina, levaria-se meses ou anos para gerar as condições genéticas e fisiológicas adequadas necessárias para equilibrar e favorecer o desenvolvimento ativo dos vasos sanguíneos e o crescimento do tumor, o deixando em estado de dormência. | ||
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+ | Múltiplos modelos genéticos em camundongos mostraram que os tumores gerados pela expressão transgênica de oncogenes e tratados com endostatina inicialmente permanecem pequenos, com a proliferação de células tumorais em grande parte compensadas pela apoptose. A síntese de inibidores de angiogênese por um tumor primário também pode impedir que metástases distantes progridam, uma vez que a remoção de um grande tumor primário muitas vezes se correlaciona com o rápido crescimento de tumores metastáticos não identificados anteriormente em pacientes. | ||
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+ | A endostatina suprime a angiogênese através de muitas vias que afetam tanto a viabilidade celular quanto o movimento. Além disso, ela reprime o controle do ciclo celular e os genes anti-apoptose na proliferação de células endoteliais, resultando em morte celular. | ||
+ | Assim sendo, a endostatina pode impedir a atividade de certas metaloproteínas, tendo em vista que ela pode afetar significativamente 12% dos genes usados pelas células endoteliais humanas. | ||
- | + | Uma observação interessante é que embora a sinalização de endostatina possa afetar esse grande número de genes, os efeitos dela parecem surpreendentemente limitados. A recepção da endostatina parece afetar apenas a angiogênese que chega de fontes patogênicas, como tumores. Processos associados à angiogênese, como a cicatrização e reprodução de feridas, aparentemente não são afetados pela endostatina. Isso ocorre porque a angiogênese derivada patogênica geralmente envolve a sinalização através de integrados, que são diretamente afetados pela endostatina. | |
- | Angiogenese Tumoral: Tanto a endostatina quanto a tumstatina são fragmentos de decote proteolíticos derivados de moléculas de colágeno. Apesar de suas semelhanças, os peptídeos de endostatina e tumstatina compartilham pouca identidade sequencial e podem claramente mediar funções independentes. Evidências crescentes sustentam a noção de que esses compostos desempenham um papel importante na ajuste fino da resposta angiogênica que acompanha trombose e reparação de tecidos. Consequentemente, sua atividade na limitação da angiogênese tumoral pode refletir a ideia de que o microambiente tumoral, com células inflamatórias infiltradas e fibroblastos ativados, é pensado para se assemelhar a uma "ferida que nunca cicatriza". A produção desses inibidores de angiogênese endógena também pode ajudar a explicar a dormência tumoral, como proposto pela primeira vez por Folkman em 1977. Se a atividade angiogênica local em um tumor for controlada pelo equilíbrio de fatores pró-angiogênicos e inibidores de angiogênese como a endostatina,, então pode levar meses ou anos para gerar as condições genéticas e fisiológicas adequadas necessárias para equilibrar e favorecer o desenvolvimento ativo dos vasos sanguíneos e o crescimento do tumor. Múltiplos modelos genéticos em camundongos mostraram que os tumores gerados pela expressão transgênica de oncogenes inicialmente permanecem pequenos, com a proliferação de células tumorais em grande parte compensadas pela apoptose. Após um período, os tumores começam a apresentar evidências de aumento da vascularização após o qual crescem rapidamente,consistente com a ativação do interruptor angiogênico. A síntese de inibidores de angiogênese por um tumor primário também pode impedir que metástases distantes progridam, uma vez que a remoção de um grande tumor primário muitas vezes se correlaciona com o rápido crescimento de tumores metastáticos não identificados antes em pacientes. | ||
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Revision as of 12:07, 13 December 2021
Estrutura Endostatina
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